quinta-feira, 20 de novembro de 2008

8 Curiosidades sobre Martinho Lutero

1. O nome verdadeiro de Lutero era Martin Luder. Foi ele que, mais tarde, mudou seu próprio nome (que mania desse povo famoso de mudar o nome!) para Luther.
2. A família de Lutero era bem de vida. Seu pai trabalhava com cobre, possuía muitas terras e emprestava dinheiro a juros. Ele queria que Lutero fosse advogado (dizem que ele virou monge para fugir de um casamento), mas ele não quis.
3. A maioria dos historiadores afirma que a cena de Lutero pregando suas 95 teses no Castelo de Wittenberg em 1517 é falsa (glup! Eu sempre achei que fosse verdadeira!). Lutero nunca citou esse fato e não existem relatos de outras pessoas desse acontecimento. Na verdade, ele enviou as teses para alguns bispos e amigos.
4. Lutero traduziu o Novo Testamento do grego para o alemão em apenas 11 semanas (rápido demais!), publicando-o em 1522. Ele era muito prolixo (falava muito), escrevendo em média 1.800 páginas por ano. No decorrer do tempo (Lutero já idoso), ele foi tornando-se menos polido (educado) em seus escritos. Chamava os turcos de “diabos”, os judeus de “mentirosos” e Roma de a cidade cercada de “teólogos-porcos” (isso só prova que idosos são como crianças: falam o que pensam).
5. A esposa de Lutero, Katharina von Bora, era 16 anos mais nova do que ele. Era ela quem administrava toda a casa, inclusive financeiramente. Talvez seja por isso que Lutero apelidou-a de “Mr. Käthe” – “Senhor Käthe”. Sua capacidade de gerenciamento pode ser comprovada pelo fato de que moravam com o casal em 1529: seis filhos, um parente de Katharina, seis dos sobrinhos de Lutero e alguns estudantes (e ela ainda tinha tempo para cuidar do jardim e fazer cerveja, que a propósito, Lutero gostava muitíssimo).
6. O casamento de Lutero foi uma surpresa até para seus amigos mais próximos. Philipp Melanchthon, um de seus mais colegas chegados (tão próximo que sequer foi convidado para o casamento), chegou a escrever em 1525: “inesperadamente Lutero casou-se com Bora, sem nem mesmo mencionar seus planos para seus amigos.” Muitos dos amigos do reformador achavam que Lutero não devia se casar por causa da castidade.
7. Lutero pode ser classificado como anti-semita (como cristão, odeio confessar isso!). Em 1523, apresentou um tom conciliatório (é o que dizem os historiadores, mas ao ler alguns trechos da obra, discordo) em sua obra “Jesus nasceu judeu”. Mas em 1543, Lutero escreveu um livro totalmente anti-semita chamado “Os Judeus e suas Mentiras” (eu tenho uma cópia em PDF em inglês, mas nunca consegui ler todo). No livro ele chega a recomendar que os judeus sejam privados de dinheiro, direitos civis, educação religiosa e em geral, e que sejam obrigados a trabalhar a terra, caso contrário deveriam ser expulsos da Alemanha. E o livro deu cria! Durante a Segunda Guerra, o Terceiro Reich sempre citava trechos dos trabalhos anti-semitas de Lutero para convencer a população do extermínio dos judeus.
8. Lutero sofria de reumatismo, pedras nos rins e angina peitoral. Ele também era meio hipocondríaco, pois comparava um punhado de remédio para suas doenças. Além disso, ele era obeso. Estima-se que ao morrer, ele pesasse uns150 quilos.

Referências bibliográficas:

Martin Luther - Disponível em: http://www.luther.de/en/
Archaeologists Unveil Secrets of Luther's Life - by Mattias Schulz - Revista Spiegel Online, 21/out/2008 - Disponível em: http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,586847,00.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Batalha de Acosta Ñu

Corria a Guerra do Paraguai, que já derrotado, tinha seu líder, o ditador Solano, em fuga. Duque de Caxias, líder do exército brasileiro, sugeriu que o Brasil propusesse acordo de paz, mas D. Pedro II recusou-se, ordenando que o exército achasse e eliminasse Solano. Em 16 de agosto de 1869, o exército brasileiro, agora liderado pelo Conde d'Eu, cunhado do Imperador, saía à caça do líder paraguaio. Num lugar chamado Acosta Ñu, 20.000 homens cercaram um "exército" paraguaio com aproximadamente 3.500 crianças (até 15 anos) e outras pessoas que procuravam proteger ou esconder Solano. Conta-se que estavam no meio deste grupo adultos feridos e velhos. As crianças, para passarem-se por adultos, pintaram bigodes com carvão. Quando a cavalaria invadiu, e as crianças começaram a ser mortas, suas mães saíram do meio da mata e também foram mortas, degoladas, pisadas. Daqui para frente, as versões variam. Alguns dizem que os paraguaios colocaram fogo na mata para dificultarem a ação do brasileiros [artigo 4].

Outros dizem que, não sendo suficiente a matança, Conde d´Eu, na metade do dia, mandou colocar fogo na mata para que tivesse menos trabalho. [artigo 2].

Sei que a história é triste, mas achei por bem colocá-la aqui para nos mostrar que mesmo aqueles a quem consideramos perfeitos, podem ter seus momentos de imperfeição.

Se você quiser saber mais sobre a Batalha de Acosta Ñu, pode acessar um dos endereços abaixo:
2. Batalha de Acosta Ñu no Wikipedia.
3. A Guerra do Paraguai na Revista Nova Escola.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

7 Curiosidades sobre Gandhi

1. Gandhi casou-se com a idade de 13 anos através de um acordo entre as respectivas famílias, com uma menina da mesma idade, chamada Kasturbai.
2. Ele cursou a faculdade de Direito em Londres, apesar de os costumes da época não permitirem que uma pessoa de sua casta (sua classe social) fosse para a Inglaterra. Segundo a tradução, uma pessoa da casta vaishya via o ato de cruzar o oceano como contaminante. Por causa de sua ida à Inglaterra, ele foi excomungado de sua casta (e ele ligou muito para isso... ;)
3. Alguns meses antes de Gandhi ir estudar na Inglaterra, sua esposa Kasturbai deu a luz a um menino. Ele a deixou na Índia enquanto estudava (pode?). Na verdade, era comum Gandhi deixá-la em algum lugar enquanto viajava pelo mundo.
4. Por falar nisso, a esposa de Gandhi morreu de pneumonia. Parece estranho, mas quando Gandhi teve malária, ele permitiu ser tratado com quinino; quando teve apendicite, permitiu que os médicos fizessem a cirurgia de retirada do órgão. Porém, quando sua esposa teve pneumonia, ele não deixou (apesar dos apelos dos médicos - quem diria – britânicos!) que sequer uma injeção de penicilina fosse aplicada nela.
5. Gandhi era pacificista, mas....
5.1. Ele participou da II Guerra dos Boêres. Esse foi um conflito entre colonos de origem holandesa e francesa na África do Sul que brigavam com os britânicos que queriam suas minas de diamante - o final da guerra? Claro que os britânicos ganharam. Gandhi organizou e conduziu um corpo médico [Indian Ambulance Corps] de 1.100 voluntários para alimentar e cuidar dos feridos.
5.2. Gandhi apoiou fielmente o Império Britânico durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1917, ele chegou a convencer outros indianos a se alistarem para servirem o Império britânico na I Grande Guerra.
6. As últimas palavras de Gandhi foram “Oh. Rama”. Embora algumas pessoas digam que a expressão seria algo como “Oh, Deus”, Rama representa a sétima reencarnação de Vishnu. Esse é considerado o maior deus hindu.
7. Nathuram Godse, o assassino de Gandhi , o matou em 30 de janeiro de 1948. Ele atirou três vezes com uma pistola Beretta semi-automática. Nathuram rendeu-se imediatamente após os tiros. Ele foi enforcado em 15 de novembro de 1949. Sei irmão, Gopal Godse, morreu aos 86, depois de passar 16 anos na prisão. Ele disse que nunca se arrependeu de ajudar no assassinato de Gandhi.

Referências bibliográficas:

d. http://eserver.org/history/ghandi-nobody-knows.txt - From the magazine, "Commentary," March 1983, published monthly by the American Jewish Committee, New York, NY.]

7 Curiosidades sobre Adolf Hitler

Estamos em 2007, eu sei. Mas nestes dias, entre os livros que estou lendo, se encontra A menina que roubava livros, de Markus Zusak. A história se passa na Alemanha e tem a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo. Não é necessário, mas como gosto de História, me debrucei sobre a conjuntura mundial daqueles dias. Descobri algumas coisas interessantes sobre Adolf Hitler e fiquei pensando: "como nós seres humanos somos estranhos" ...

1. Hitler era austríaco, acredita? Ele nasceu numa cidadezinha chamada Braunau am Inn localizada no norte da Áustria, que na época do nascimento de Hitler fazia parte do Império Áutro-Húngaro. Ele só se tornou cidadão alemão em 1932.
2. Hitler foi um sobrenome gerado pelo erro de um padre. O pai de Hitler era filho ilegítimo e, por isto, não tinha o sobrenome de seu pai. Depois que o avô de Hitler morreu, o pai dele conseguiu que um sacerdote lhe concedesse o reconhecimento da paternidade. Na hora de escrever o nome, trocou Hiedler por Hitler. Daí ficou assim mesmo.
3. Hitler reprovou um ano e deixou a escola aos 16. Sabe por quê? Seu pai queria que ele fosse um tipo de servidor público, Hitler queria ser... adivinha... pintor (não é de parede e sim de quadros). Depois que seu pai morreu, Hitler deixou a escola e foi se aventurar em Viena às custas da pensão que recebia por causa do pai. A Academia de Belas Artes de Viena rejeitou sua filiação duas vezes, argumentando que ele tinha mais talento para Arquitetura. Mas não é que Hitler conseguiu vender várias de suas pinturas?
4. Hitler foi um soldado que combateu na Primeira Guerra. Em 1918, já no final da Guerra, Hitler chegou a um hospital de campanha vítima de um ataque com gás mostarda (Sabe quem produzia este gás para os alemães na II Guerra? A Bayer). Alguns psicólogos dizem que, embora o gás pudesse causar cegueira, Hitler ficou cego por três dias como resultado de uma conversão histérica. Traduzindo: era algo criado por sua mente.
5. Hitler escreveu um livro chamado Mein Kampf (Minha Luta) que serviu de base ideológica para todas as suas loucuras. Ele queria tanto que seu livro fosse lido que dava cópias dele até como presente de casamento.
6. No dia 20 de abril de 1945, enquanto o exército soviético ia entrando em Berlim, Hitler comemorava seu 56º aniversário no seu abrigo. Um de seus generais mandou distribuir chocolates às tropas em honra ao aniversário do Führer.
7. Para garantir que o cianureto que tomaria para se matar era eficiente, Hitler fez um teste em sua cachorra. A coitadinha morreu, é claro.

Referência bibliográfica: